Ecoparque, Estarreja.

A Câmara de Estarreja aprovou, na sua última reunião, a resolução do contrato-promessa de compra e venda de um lote do Eco Parque Empresarial celebrado com a empresa CINCA – Companha Industrial Cerâmica, que tem sede em Santa Maria da Feira.

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O acordo que previa a alienação de terrenos do Polo B da zona industrial para instalações industriais remonta a 2009. Na altura, a CINCA sinalizou o contrato com o pagamento de 867.600 euros (20% do valor total).

“Por vicissitudes várias” quer pela parte do município relativamente à constituição do lote, quer da CINCA, a compra foi sendo adiada, apesar da concretização definitiva do negócio não ter prazo fixado.

A empresa cerâmica acabou mesmo por comunicar em março passado que pretende desistir do terreno, solicitando a devolução da verba adiantada.

O investimento da CINCA foi considerado Projeto de Interesse Nacional (PIN), tendo motivado o alargamento do Eco Parque Empresarial para acolher as unidades pretendidas. Até à data, estavam afetas ao lote 88% das parcelas necessárias, que foram sendo adquiridas pela autarquia.

O município acredita que, dada a procura por lotes de grandes dimensões, como o Polo B, que tem uma área de 453.500 metros quadrados, continuam a existir boas expetativas de proceder à alienação.

Os vereadores do PS abstiveram-se na votação da proposta de resolução do acordo, notando que o investimento previsto rondava 300 milhões de euros e previa mil postos de trabalho, atribuindo responsabilidades à Câmara por “não conseguir legalizar a totalidade dos 45 hectares necessários” em 15 anos, considerando tratar-se de “mais um rotundo fracasso” da maioria ” fixar grandes investimentos”.

Na reação, o presidente da Câmara, Diamantino Sabina, criticou os socialistas por “mentiras e falsas conclusões”, afastando responsabilidades na decisão da CINCA relacionado o recuo da empresa pelas dificuldades que atravessou, nomeadamente financeiras, tendo mesmo sido vendida a um fundo italiano. Quanto a outros investimentos não concretizados (IKEA e INEOS), atribuiu a não execução a “fatores externos”.

O edil garantiu que nos últimos 12 anos “Estarreja consolidou-se como um dos polos industriais e económicos mais dinâmicos de Portugal”, com “investimentos significativos” (mais de 30 novas empresas) que geraram 1200 postos de trabalho.

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