Afonso Miranda, presidente do SC Beira-Mar (Foto partilhada pelo Facebook do clube).

Afonso Miranda garante que estará a favor da criação da sociedade desportiva com o empresário brasileiro Breno Silva, se a direção do Beira-Mar for ao encontro das sugestões apresentadas por si na Assembleia Geral.

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“Como sócio atento e conhecedor, que já passou alguns processos de negociação com hipotéticos investidores no clube”, o ex-presidente entendeu que deveria “alertar apenas para duas situações”. Desde logo, “a necessidade da apresentação de uma garantia bancária do valor que é preciso, ou que o investidor se dispõe a colocar no clube” e, em segundo lugar, “sabermos qual a sociedade que vai assumir a sociedade desportiva”.

Sobre a última exigência, Afonso Miranda explica com um exemplo: “vamos imaginar, numa hipótese académica, se déssemos na assembleia a liberdade ao investidor, que não sei se é pessoa idónea ou não – mas por não saber é que estas exigências são obrigatórias -, se ele quisesse, por hipótese, designar a sociedade do presidente de outro clube e de repente o Beira-Mar estava com uma sociedade que não seria aquele que todos queremos”.

Tendo usado da sua “liberdade de participar no clube apenas como sócio que não quer regressar a cargos”, o ex-dirigente considera normal saber quem vai comprar e que garantias dá. “Queria saber qual a empresa que vai ficar com a sociedade desportiva e no caso de incumprir que garantias temos, só isto. De resto, provavelmente naquela sala era eu e a direção quem mais defende a SAD”, sublinhou, lembrando que “a ajuda” dada enquanto dirigente do clube “para pôr abaixo uma SAD e os passados dados para criar uma nova”.

Afonso Miranda confessa que até ficou surpreendido com as reações negativas aos “melhoramentos” que sugeriu. “Não há aqui nenhuma jogada, nem mobilização. Há um sentimento de sair dali com a sensação que mais valia ter ficado calado. As pessoas preferiam, talvez, que fosse aprovado de ‘olhos fechados’ e se corresse mal ninguém teria alertado, nem teríamos mecanismos de salvaguardar ao aprovar à primeira”, desabafou.

Para Afonso Miranda, a pressa pode ser inimiga nestes processos: “Qual a necessidade, urgência, de aprovar imediatamente. Não entendo, sinceramente. Sugeri, vão negociar com o investidor, que dê as garantias – como diz que tem solidez financeira é fácil de fazer – informa qual a empresa e daqui a 15 dias a aprovar de forma unânime”, acrescentou.

Discurso direto

“Eu a pensar como credor ? Até é engraçado, se estivesse a pensar como credor e fosse egoísta diria ‘aprove-se já, porque o investidor diz que paga o que tenho lá’. Já disse que não quero receber o dinheiro, é a última preocupação que quem está a liderar deve ter. A minha preocupação é estarmos bem defendidos, não é por causa de 15 dias para aprimorar a proposta que o Beira-Mar vai ‘cair’, o investidor quase de certeza que vai conseguir o que se pretende e aí estaremos mais confortáveis. Falo como sócio, com conhecimento de causa, jurista e que estudou direito das empresas, com noção do que está a ser ali discutido, era o que exigia quando tive negociações com investidores” – Afonso Miranda.

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