Aveiro: Prolongamento do canal de S. Roque tem museu de arte contemporânea como contrapartida

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Canal de São Roque, Aveiro.

Obtidos os pareceres necessários, a Câmara de Aveiro decidiu avançar com o prolongamento do canal de S. Roque para Norte, um projeto lançado a concurso público esta quinta-feira pela Câmara de Aveiro por 3 milhões de euros e prazo de 540 dias. Uma obra iniciada no âmbito pelo Plano de Urbanização do Programa Polis, que remonta a 2005.

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Segundo o presidente do município informou, estão a ser negociados financiamentos para comparticipação da obra através de programas disponíveis, nomeadamente o Fundo Ambiental e o Programa Sustentável 2030. Nestes casos, existem verbas para intervenções relacionadas com alterações climáticas, enquadrando medidas mitigadoras de inundações nos canais citadinos devido à subida de marés, aumentando a capacidade de armazenamento de água para 30 mil metros cúbicos. A terceira parte da comparticipação poderá chegar do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O contrato de urbanização acordado com a empresa imobiliária proprietária da zona da antiga Vitassal, onde irá surgir habitação (3), unidade hoteleira e com três pisos em cave para estacionamento, ainda terá de voltar à Câmara para loteamento e todos licenciamentos envolvidos.

Ribau Esteves lembrou as contrapartidas do promotor que teve de assumir os custos do projeto do prolongamento do canal, correndo a obra por conta da autarquia. A mais relevante em termos financeiros é a construção e cedência ao município de edifício para o futuro museu de arte contemporânea no valor referenciado 10 milhões de euros. Originalmente, esteve previsto requalificar uma parte das antigas instalações para edifício cultural onde existiu a fábrica de higienização de sal. Também tudo o que sejam espaços públicos, serão infraestruturas a assumir pelo promotor do loteamento e serão integradas no domínio público.

A empresa imobiliária cede 2.200 metros quadrados dos 12.000 metros quadrados para o prolongamento do canal de Roque. Além do museu, terá der projetar a nova ponte pedonal cuja construção será feita pela Câmara e paga com ajuda da empresa promotora e ainda da urbanização Foz de Prata, localizada nas nas proximidades.

“Foi um trabalho muito complexo, com estudos, licenciamentos, negociação. É o final desta etapa, mas há muito trabalho. É importante que avance a componente de prolongamento do canal e depois urbanizar”, referiu Ribau Esteves.

Os eleitos do PS abstiveram-se na votação das propostas. Rui Soares Carneiro vê a obra “importante para a marca de Aveiro cidade dos canais, numa frente que está fechada há muitos anos, que precisa de nova vida urbana”, permitindo também alargar a navegabilidade, recordando o “êxito” da Fonte Nova. O vereador ressalvou que nesta fase do projeto da urbanização contíguo, ainda “é difícil avaliar o deve e haver, os pesos e contrapesos do que vem no contrato” com a promotor imobiliário, “para ter um balanço final”.

Na resposta, o edil não avançou com valores concretos “de ganhos e despesa” de ambos, mas assegurou que “a dimensão é mutuamente interessante e daí estarmos nesta nesta fase de antecâmara de acordo”, recordando que a avenida Carlos Candal já foi executada pelo município no âmbito das permutas celebradas há 20 anos.

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