Aveiro: Câmara vai propor ao IPDJ a cedência definitiva do antigo INDESP

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Piscinas do antigo INDESP (foto divulgada pela empresa Veigas Piscinas).
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A Câmara de Aveiro vai propor ao Governo que o complexo desportivo do antigo INDESP seja transferido, em definitivo, para propriedade municipal. Uma contrapartida pelo aumento dos encargos, devido a obras não previstas na ponta final da conclusão, que será necessário assumir para a reabilitação das piscinas e pavilhão que estão cedidas durante 20 anos pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

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Na reunião do executivo, realizada esta quinta-feira, o presidente da autarquia deu conta de mais uma prorrogação de prazo e custos da obra de qualificação e ampliação das piscinas que têm estado a ser geridas pelo Galitos.

A intervenção no edifício tem sido “um calvário de surpresas”, a última das quais “muito grave”. Já foi necessário renovar totalmente os azulejos do tanque da piscina devido aos problemas que tinha. Durante estes trabalhos, relatou Ribau Esteves, verificou-se que o fundo da piscina não era uma “placa de betão devidamente qualificada, mas uma plaquinha de cimento a fazer de conta que era uma placa”. Outra correção que implicou trabalhos extra resultou de se ter constatado uma “perda brutal” de água. “Não vamos fazer de conta que estes problemas graves não existem”, garantiu o edil, reafirmando a disponibilidade de “usar mais tempo e mais dinheiro”, cerca de 465 mil euros, para” deixar com a devida qualidade” o edifício desportivo, “como não podia deixar de ser”. O que acaba por ser positivo por acontecer numa fase ainda de obra em curso.

O IPDJ vai, no entanto, receber a conta final depois das obras terminarem, “nas primeiras semanas de 2024”, para explicar o que a Câmara encontrou no completo e o que investiu a mais, sobretudo na piscina, porque “no pavilhão não houve nada de especial”. Seguirá, também, uma proposta de entrega definitiva dos dois imóveis à Câmara, em substituição da cedência. A empreitada em causa foi adjudicada por cerca de 2,5 milhões de euros.

Discurso direto

“Estamos a falar de 48% de trabalhos complementares. Este trabalho tem sido feito com o projetista. Ficámos sempre com alguma dúvida na receção do trabalho do projetista, sabendo-se que havia muitas falhas e acidentes. Temos aqui um coeficente de cautela, aceitando que existem imponderáveis, de heranças de outros projetistas e obras. Questionámos o rigor posto nesta situação. Ao ler o rol de trabalhos complementares, dá a sensação, compreendendo esta explicação, e sem querer passa atestados de incompetência, de dificuldades na receção do trabalho, na contratação ou na forma como estas coisas correm. Vamo-nos abster neste assunto, reconhecendo que é uma situação difícil mas, ao mesmo tempo, deveria ter havido uma visão mais profunda do que se passava, o que permitiria que esta situação estivesse mais próxima de estar ultrapassada, porque o equipamento faz falta” – Fernando Nogueira, vereador do PS.

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