Um indivíduo atualmente com 21 anos, que convencia menores a furtarem familiares e amigos, ficando com parte do lucro após a venda dos bens, foi condenado pelo Tribunal de Aveiro, esta terça-feira, a quatro anos de cadeia efetiva.
Os factos remontam ao ano de 2016, tendo sido cometidos no concelho de Vagos.
O arguido, que se encontra em liberdade, não chegou a comparecer no julgamento, apesar de estar devidamente notificado.
A falta de colaboração com a justiça e os antecedentes criminais por assaltos e tráfico de droga (seis condenações) pesaram na decisão de não suspender a pena, como é permitido até aos cinco anos.
Os menores envolvidos prestaram depoimento enquanto testemunhas e confirmaram os factos imputados, incriminando o acusado.
O arguido era o mentor dos assaltos, usando as relações de amizade diretas ou por interpostas pessoas para convencer os rapazes a subtraírem bens de valor (ouro, artigos do lar e outros equipamentos) de casas de familiares ou amigos.
O material era depois vendido em lojas e o lucro dividido por todos.
O tribunal deu como provados os crimes de recetação (2) e um furto qualificado, deixando ‘cair’ apenas um furto simples, por falta de provas de envolvimento direto.
À ordem do processo resta uma pulseira em ouro recuperada, mas ainda não reclamada.