Muita coisa mudou desde o dia 12 de dezembro de 1986, data em que o Ministro da Indústria da altura, o saudoso Prof. Veiga Simão, assinou com a APICCAPS, o INETI e o IAPMEI o acordo constitutivo do CTCP.
Por J. Leandro de Melo *
Nessa cerimónia, realizada nas instalações do CFPIC, em S. João da Madeira, deu-se início à criação de uma instituição que é hoje reconhecida pelo mundo do calçado, em Portugal e no estrangeiro.
A partir de um pequeno laboratório de controlo da qualidade, criado cinco anos antes em 1981, avançou-se para uma instituição com muitas valências, com infraestruturas modernas, com dezenas de quadros e com instalações nos dois polos da indústria, Felgueiras e S. João da Madeira.
35 anos é já um período longo para se fazer um balanço, onde gostaria de salientar 4 pontos principais:
1. O primeiro é a capacidade do CTCP em trabalhar para as empresas, com humildade, focado nos resultados, procurando resolver os problemas ou ousando lançar novos desafios para o futuro.
2. O segundo é a criação de uma cultura própria e bem entranhada nas pessoas do centro: percebe-se como o CTCP atua, como se liga às empresas, como é pró-ativo na busca de novas soluções, como se associa à APICCAPS e outros atores setoriais, como colabora com a Administração Pública Nacional ou Regional, com desenvolve atividades conjuntas com as Escolas e Universidades. Dizem-me muitas vezes que é fácil trabalhar com o CTCP, que é rápido e desburocratizado e que este está sempre pronto a ajudar.
3. O terceiro ponto muito importante passa pelo ambiente de grande autonomia com que os diversos serviços, através dos seus responsáveis e quadros, exercem as suas funções, assumindo também as consequentes responsabilidades na concretização de resultados. Não há autonomia sem responsabilidade e sem resultados.
4. O quarto ponto passa pela sustentabilidade económica e financeira para não se pôr em risco o futuro. Para isso, é necessário ter resultados positivos, diversificar as fontes de financiamento, que devem passar maioritariamente e em primeiro lugar pelas receitas da prestação de serviços às empresas, e em segundo lugar pela utilização inteligente dos programas de apoio nacionais e da União Europeia para financiamento de atividades de formação, inovação e investigação.
Os primeiros 35 anos foram um sucesso. Os segundos serão diferentes, num mundo mais global e complexo, mas serão com certeza melhores ainda.
A capacidade e competência dos recursos humanos, que mistura a experiência com a juventude, dão garantias para o futuro. Sei que quando sair, e sou atualmente o mais velho, o CTCP fica em boas mãos”.
* Diretor Geral do CTCP.
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