A sentença do Tribunal do Comércio de Aveiro que concluiu pela insolvência culposa da SAD do Beira-Mar “não é mais do que o reconhecimento judicial” que gestores como Majid Pishyar a Omar Scafuro, entre outros membros das suas administrações, “portaram-se muito mal com o clube”.
Comentário partilhado pelo ex presidente adjunto do Beira-Mar (clube) Nuno Quintaneiro Martins sobre a decisão que imputou aos pretensos investidores atos de gestão que lesaram a sociedade e os seus credores.
Pessoas que não tendo património em Portugal, impedem que a sentença produza “efeitos práticos”. Mas “no que ao SC Beira-Mar diz respeito”, Nuno Quintaneiro Martins considera que “tem um alcance histórico e futuro muito importantes”.
“Em primeiro, valida a decisão da direção” do clube da qual fez parte ao recusar o PER que a SAD apresentou em 2015. Uma situação que, relata o agora responsável pela academia de formação do Beira-Mar, lhe valeu “ameaças de morte por parte de ‘investidores’, algumas inimizades junto de alguns ex-funcionários da SAD e até algumas chatices com algumas pessoas dentro do clube e de entidades com responsabilidades na cidade que não viam mais vida para além da SAD (…) “transformada num cancro que estava a matar o clube e este tinha que ser combatido com rapidez e eficácia para que se salvasse o clube. Assim o fizemos e disso me orgulho.”
No que ao futuro diz respeito, “que sirva de lição para que, antes de voltarmos a meter alguém dentro de casa, saibamos bem quem estamos a meter e ao que vem”.
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