18 meses de mandato autárquico em Oliveira do Bairro

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Câmara Municipal de Oliveira do Bairro.
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Na perspectiva do Movimento Unidos Por Oliveira do Bairro (UPOB), pouco mudou comparado com o anterior executivo.

Fernando Silva *

Volvidos 18 meses desde as eleições de 1 de Outubro, com um recorde de pessoal dirigente contratado; um recorde de Vereadores em funções a tempo inteiro como nunca antes visto nesta Câmara, e com o recurso a 3 milhões de Euros, também isso um recorde em 18 meses; qual o balanço?

Dirigentes

Três primeiros da lista do CDS/PP em funções a tempo inteiro. Os números 4 e 5 da mesma lista, também contratados e em funções a tempo inteiro. Não sendo suficiente, mais um elemento da lista do PSD, também em funções a tempo inteiro. SEIS NO TOTAL a tempo inteiro. Presidente da Distrital em funções, Presidente da Concelhia em funções também a tempo inteiro. Constituída equipa de comunicação como também nunca antes vista com recurso às redes sociais para efeitos de propaganda.

Recursos

Contraídos empréstimos de cerca de 3 milhões de Euros, nunca antes tal valor foi contratado em tão curto espaço de tempo.

Candidaturas a fundos de valor relevante nem apresentadas nem ganhas. Candidaturas através da CIRA para o futuro, nada de novo e com evidente perda de peso político de Oliveira do Bairro. A anunciada angariação de fundos europeus, até agora, nada.

Resultados comparado com programa eleitoral

Desenvolvimento económico: Ainda não foi criado um novo lote industrial que pudesse ser vendido, ainda não foi atraída qualquer empresa com dimensão relevante na criação de emprego, saída de empresas ainda não foi estancada. Não foi ainda apresentado qualquer projecto de criação da incubadora industrial, de apoio à actividade agrícola, de ordenamento do território agrícola nem florestal ou de parcerias com o sector de investigação e desenvolvimento. Investimento privado novo inexistente tanto no sector industrial como no sector da construção. Nada de novo, que se saiba, com o anunciado núcleo de indústrias criativas.

Situação do Kartódromo: por resolver.

Centros de Saúde: Cada vez mais distante da prometida construção das Unidades de Saúde na Palhaça e na União de Freguesias.

Arruamentos: Zero empreitadas de pavimentações tão necessárias no nosso concelho. Zero projectos de novas vias. Nada se sabe da prometida ligação ao nó de Vagos da A17. A prometida melhoria da rede viária ainda não arrancou.

Investimentos: Únicos projectos no Concelho são aqueles que vieram dos mandatos anteriores. Nomeadamente, Escola e Pavilhão de Oiã, e os três projectos de regeneração urbana em Oliveira do Bairro, e ao fim de 18 meses dois desses ainda não estão no terreno. De novo, nada.

Criação do Museu de Olaria e Grês: nada.

Auditório da Escola de Artes: nada.

Piscina de Oiã: nada.

Parque de estacionamento de Oiã: ainda sem solução.

Ligação da Junta de Oiã ao Cruzeiro: nada se sabe.

Parque da Cidade: nada de novo.

Outros: Programa de estágios de férias remuneradas ainda é só um pensamento. Apoios sociais para pagamento de consumos de água e saneamento não saíu ainda do papel. Intervenção nos Barreiros ainda é só uma promessa.

Organização: A tão necessária desburocratização dos serviços não parece andar. Os processos de obras continuam a demorar demasiado tempo e não cumprem os tempos previstos na lei. Os investidores queixam-se e os projectistas queixam-se desses atrasos.

Na perspectiva do Movimento UPOB, pouco mudou comparado com o anterior executivo. O perto de si está a ser filtrado com mais dificuldades em entrar no edifício da Câmara. Estão mais perto das pessoas, sim, nas redes sociais.

Poucos resultados para tanto dirigente novo. A razão para isso ou é falta de formação desses novos quadros, falta de experiência nas áreas que comandam, e isso traduz-se na baixa produtividade como já várias vezes aqui o disse, e cujas propostas são ignoradas por esta maioria.

* Vereador eleito pelo Movimento Unidos por Oliveira do Bairro.

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