14 anos de cadeia para homem que assassinou jovem deficiente mental

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Tribunal de Aveiro.

O homem que estava acusado de matar um jovem de 26 anos portador de deficiência mental, em Pardilhó, concelho de Estarreja, em abril do ano passado, foi condenado, esta tarde, pelo Tribunal de Aveiro, a 14 anos de prisão.

A pena resulta do cúmulo jurídico das penas parciais de 13 anos de prisão por homicídio qualificado e de dois por furto qualificado.

O arguido foi condenado, ainda, ao pagamento de indemnizações à família do falecido que totalizam 125.100 euros.

Segundo a acusação do Ministério Público, o arguido, de 35 anos, na altura trabalhador da construção civil, teria cometido o crime após uma alegada abordagem de cariz sexual por parte da vítima que morreu por afogamento num poço agrícola.

O tribunal deu como provado que dois indivíduos estiveram juntos depois de terem marcado um encontro através das redes sociais (embora “por razões não apuradas” em concreto), sendo certo que desentenderam-se e envolveram-se em confrontos físicos.

O falecido, solteiro e sem filhos, tinha marcas na parte superior do corpo, concluindo o coletivo de juízes que foi agredido e, ato contínuo, atirado para o fundo do poço agrícola de oito metros de profundidade, sabendo o acusado que a vítima “não tinha hipóteses de sobreviver” sem ajuda.

Seria o próprio homicida a informar mais tarde a polícia onde estava o cadáver, depois de ter comentado o sucedido com amigos. Nas buscas, foram encontrados em sua casa o telemóvel e bicicleta do falecido.

Segundo o tribunal, o arguido apresentou versões “com grandes falhas e incongruências” nos depoimentos prestados, primeiramente em interrogatório judicial, depois em sede de inquérito e mesmo aquando do julgamento, sem nunca assumir, claramente, a autoria do crime.

(em atualização)

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