Decorridos estes anos a ADASCA ainda é vista com desconfiança, a sua dinâmica tornou-se incomodativa, porque nunca alinhou com os interesses instalados no mundo da dádiva de sangue, onde reina o fingimento e a traição.
Por Joaquim Carlos *
Não é fácil escrever sobre os 14 anos de existência da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA), nem sequer o espaço neste Boletim o permite.
O conceito que se criou sobre o dador de sangue é indigno, desumano, economicista, senão mesmo psicologicamente violento.
Mais, o dador de sangue passou a ser visto como um ser descartável. Como é tratado pelo SNS podemos facilmente chegar a esta conclusão, sem entrar em detalhes.
Decorridos estes anos a ADASCA ainda é vista com desconfiança, a sua dinâmica tornou-se incomodativa, porque nunca alinhou com os interesses instalados no mundo da dádiva de sangue,onde reina o fingimento e a traição, sendo estas algumas das motivações que me leva a dizer: Abram os olhos.
Não consigo fingir. Não me assiste uma dupla personalidade. Não sou lobo com pele de cordeiro. O que assistimos no mundo da dádiva de sangue é inadmissível, nem sequer o IPST o devia permitir.
Quando duas “federações” falam por cima do IPST fazendo apelos à dádiva duma forma desorganizada, está tudo dito. Aliás, nem sequer se justifica a sua existência, porque vistas bem a coisas representam-se a elas próprias na defesa dos seus interesses, porque os dadores não são ouvidos, ainda que falem em seu nome.
A sede e a ganância para aparecer na imprensa tornou-se doentia e perigosa. Alimentar o Ego está na moda. Como é possível a imprensa alinhar com tais sujeitos?!
Falta-lhes conteúdos? Certamente, tendo em conta a conjuntura.
O nosso agradecimento à Câmara Municipal de Aveiro pela forma como tem apoiado a ADASCA, mediante a cedência das instalações onde funcionam a Sede e o Posto Fixo, ainda pela aquisição das duas viaturas e fotocopiadora, entre outros apoios.
Uma palavra de agradecimento às empresas Electro Neiva e à Churrasqueira ‘O Gavião’ pelo apoio que mantém durante anos.
Assim tivéssemos mais.
Quanto à relação com o CST de Coimbra é melhor não entrar em detalhes, sempre de candeias às avessas. Durante 14 anos sem cancelar uma sessão de colheitas de sangue. Querem mais? Nunca virámos a cara.
Uma palavra de profundo reconhecimento público a todos os meus colegas que formam a Direcção da ADASCA, Conselho Fiscal e Assembleia Geral. Somos verdadeiros companheiros desta missão humanitária.
Um agradecimento especial a todos os dadores de sangue que ao longo destes anos, se têm dirigido ao Posto Fixo para efectuar ali a sua dádiva de sangue.
Contem sempre connosco, nós contamos convosco.
OBRIGADO.
* Presidente da Direcção da ADASCA www.adasca.pt