O Tribunal de Aveiro condenou, esta tarde, a 13 anos de prisão o setuagenário acusado de ter esfaqueado mortalmente um indivíduo, em julho de 2018, à data dos factos, seu vizinho no prédio onde moravam, na cidade.
Apesar do arguido ter negado, o coletivo deu como provado a autoria das agressões fatais imputadas com recurso a uma navalha, após uma discussão, em contexto de um historial de desentendimentos.
O crime ocorreu à porta do apartamento do acusado, que terá desferido o primeiro golpe surpreendendo a vítima de 38 anos pelas costas. Um segundo esfaqueamento, ao nível do pescoço. ocorreria já com a vítima no chão.
No julgamento, o arguido alegou que apenas dera um empurrão ao vizinho quando discutiam, em resposta a bofetadas, que o fizeram cair e bater com a cabeça numa quina junto às escadas.
Apesar de não existirem testemunhas, o tribunal acolheu as provas condenatórias, nomeadamente relatórios da autópsia e a existência de sangue da vítima em roupa do arguido. “Ninguém assistiu mas não restam dúvidas”, referiu a juíza presidente na leitura resumida do acórdão.
O arguido, que não tem antecedentes, estava acusado de homicídio qualificado que o coletivo decidiu alterar para simples, beneficiando de uma pena mais reduzida.
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