Um homem residente em Avanca, concelho de Estarreja, foi condenado, esta terça-feira, no Tribunal de Aveiro, a um ano e 10 meses de prisão, em cúmulo jurídico, a cumprir, por crimes de violência doméstica, de foi vítima uma mulher com quem mantinha uma relação extraconjugal, bem como de posse de arma proibida, no caso concreto munições. Na leitura resumida do acórdão, a juíza presidente que julgou o processo referiu que “não estavam reunidos os pressupostos” que poderiam levar a suspender a pena aplicada.
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O arguido, que saiu da sala de audiências a chorar, infligiu os alegados maus tratos à vítima pouco mais de um mês depois de terminar a suspensão de uma anterior pena a que foi igualmente condenado e pelo mesmo crime.
“Não é a primeira advertência que a justiça lhe faz, são varias. A dependência do álcool pode contextualizar, mas não justifica tudo. Esgotou-as. Desta vez, não pode ser substituída por outras”, explicou a juíza presidente.
Além da pena de cadeia, o homem foi condenado a pagar 750 euros à ofendida para reparação de danos morais, ficando, ainda, proibido de a contactar por qualquer meio.
“Tem 30 dias ainda para recorrer da pena, se for confirmada a condenação a prisão efetiva aproveite para refletir sobre o rumo da sua vida, pensar em respeitar as pessoas, o que não fez reiteradamente e aproveitar, também, para se tratar”, aconselhou a magistrada.
O arguido manteve uma relação extraconjugal com a vítima durante cerca de um ano, mas quando aquela começou a não aparecer nos encontros com a regularidade habitual suspeitou que fora trocado por outro homem, partindo para agressões físicas e psicológicas, incluindo ameaças de morte.
Num episódio mais violento, a mulher viu-se desapossada do seu telemóvel (não foi provado aqui o crime de roubo, uma vez o homem quis consultar mensagens), foi agredida a murro nos braços e pernas e ameaçada. Acabaria por fugir da residência onde se encontravam, mantendo-se durante largas horas da noite escondida junto da estação da CP de Avanca, até ser socorrida.
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